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Os desafios do SUS durante a epidemia de Dengue - Dr. Alberto Zogbi

Confira a estreia do médico no Papo de Especialista e fique informado sobre as ações do SUS para o combate a dengue.

Publicado em 23/04/2024 às 10:10
Atualizado em

Os desafios do SUS durante a epidemia de Dengue (Foto: Dr. Alberto Zogbi)

Caros leitores do Portal da Cidade,

É com grande satisfação que me apresento como o mais novo colunista do Papo de Especialista. Sou o Dr. Alberto Zogbi, e hoje trago um tema de extrema relevância para nossa região: “Os desafios do SUS durante a epidemia de Dengue”.

Como médico, testemunho diariamente os esforços incansáveis do Sistema Único de Saúde (SUS) em combater essa doença que assola nosso país. Os desafios são enormes, mas não intransponíveis. A conscientização sobre a prevenção é o primeiro passo. O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, precisa de água parada para procriar. Portanto, é essencial que cada um de nós faça sua parte, eliminando possíveis criadouros em nossas residências.

Após a doença se estabelecer, medidas como o fumacê ajudam a reduzir os focos de mosquitos. No entanto, ações mais estruturadas são necessárias. O SUS tem trabalhado na implementação de um serviço especializado de atendimento à dengue, o Dengário. Esse serviço visa oferecer um segmento especializado aos pacientes, evitando a sobrecarga de outros serviços de saúde e garantindo atendimento qualificado, principalmente aos mais vulneráveis, como crianças, idosos e imunodeprimidos.

O ciclo de vida do mosquito é curto, mas sua capacidade reprodutiva é alarmante. Em apenas 45 dias de vida, um único Aedes aegypti pode colocar até 450 ovos. Eles podem voar até 100 metros de distância em busca de locais para depositar seus ovos, o que torna a vigilância constante uma necessidade imperativa.

A limpeza de terrenos baldios e a manutenção adequada de nossos lares são medidas simples, mas eficazes, que cada cidadão pode adotar para combater a proliferação do mosquito. Tratar piscinas com cloro e evitar o acúmulo de recipientes que possam acumular água são exemplos de ações preventivas.

No campo da imunização, a vacina Qdenga representa um avanço significativo. Ela oferece proteção contra os quatro tipos de dengue, começando 30 dias após a aplicação da segunda dose e durando pelo menos 12 meses. Atualmente, a vacina está liberada para indivíduos de 10 a 14 anos e ainda está em fase inicial de implantação.

Dr. Alberto Zogbi/Médico

Vacinação

É importante ressaltar que a reinfecção por outro subtipo do vírus pode levar a formas mais graves da doença. Por isso, a vacinação é uma ferramenta crucial na prevenção da dengue, complementando as medidas de controle do vetor.

Dr. Alberto Zogbi/Médico

Encerro este artigo reforçando que o combate à dengue é uma responsabilidade coletiva. O SUS depende de todos nós. Juntos, podemos superar os desafios e proteger a saúde de nossa população.


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